Projeto cria política para incentivar produção e uso de biogás

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O Projeto de Lei 2193/20 institui a Política Federal do Biogás e do Biometano, com o objetivo de incentivar a produção, as pesquisas e o consumo de gás produzido a partir de resíduos orgânicos.

A política é baseada em dois pilares: incentivos fiscais e financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em condições favorecidas.

O projeto é de autoria do deputado Mário Heringer (PDT-MG) e tramita na Câmara dos Deputados. O parlamentar aponta inúmeros benefícios para o estímulo da cadeia produtiva do biogás, como a redução do descarte de resíduos orgânicos.

“A proposta pode ser de enorme benefício na utilização de recursos que atualmente são descartados, muitas vezes de forma inadequada”, diz Heringer.

O biogás é um combustível renovável produzido por bactérias a partir da decomposição de resíduos agrícolas, lixo doméstico e outras matérias orgânicas. O material é colocado em aparelhos chamados biodigestores, que produzem o biogás e biofertilizantes, este de uso na agricultura. Ao ser refinado, o biogás vira biometano, que pode substituir o gás natural em veículos.

Objetivos

A Política Federal do Biogás e do Biometano terá entre seus objetivos a ampliação dos investimentos em infraestrutura para produção, distribuição e comercialização de biogás e derivados; o estímulo a pesquisas relacionados ao combustível; e o incentivo à utilização de biometano no transporte público municipal e de biofertilizantes na agricultura.

Os incentivos fiscais previstos são variados. Por exemplo, as empresas dedicadas à produção de biogás e biometano terão redução de 50% da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre máquinas e equipamentos adquiridos. O mesmo benefício será dado às que introduzem o biometano em redes de gasodutos.

Também há previsão de redução de IPI para os ônibus movidos a gás comprados por empresas de transporte público coletivo.

O projeto do deputado Heringer determina que todos os incentivos serão custeados por aumento na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis), tributo cobrado sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados.

Em relação aos financiamentos, a proposta prevê um desconto (tecnicamente, subvenção econômica) nas taxas de juros e encargos cobrados pelo BNDES nos empréstimos para os produtores de biogás e biometano.

Fonte: Agência Câmara

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