CNC reduz para 3,4% projeção de crescimento dos serviços em 2021

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) diminuiu de 3,5% para 3,4% a expectativa de crescimento do volume de receitas dos serviços, em 2021. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de janeiro de 2021, divulgada nesta terça-feira (9/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que a redução da projeção se deve, entre outros fatores, à lentidão da adoção de medidas de combate ao agravamento da pandemia do novo coronavírus. “A tendência é que o setor de serviços consiga compensar apenas parcialmente a queda recorde de volume de receitas observada em 2020 (-7,6%), considerando um cenário de redução moderada dos atuais níveis de isolamento social até o fim deste ano”, afirma Tadros.

Segundo a PMS, o volume de receitas dos serviços cresceu 0,6%, em relação a dezembro de 2020, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com janeiro de 2020, houve variação negativa (-4,7%) pelo décimo primeiro mês consecutivo. Apenas dois dos cinco grupos de atividade apresentaram crescimento, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (+3,4%).

Turismo

Após registrar crescimento nulo em dezembro, as atividades do turismo cresceram 0,7% em janeiro de 2021. Para o primeiro semestre deste ano, a CNC projeta que o setor apresente avanço médio de 14,6%, em relação ao mesmo período do ano passado, recuperando apenas parcialmente a perda de 37% ocorrida em 2020. Após registrar crescimento nulo em dezembro, as atividades do turismo cresceram 0,7% em janeiro de 2021.

“Especificamente no caso do turismo, configuram-se como obstáculos adicionais as restrições à circulação de turistas, tanto no Brasil quanto no exterior, prejudicando a construção do cenário anual para o setor”, indica Alexandre Sampaio, diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade. “O que torna mais necessária a extensão das medidas emergenciais, como a Lei.14.020, que permitiu a suspenção de contratos de trabalho e redução da carga horária com diminuição proporcional do salário, para resguardar empregos no turismo.”

A CNC calcula que, em 12 meses (de março de 2020 a fevereiro de 2021), o turismo brasileiro perdeu R$ 290,6 bilhões. Os Estados de São Paulo (R$ 104,9 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 45,5 bilhões), principais focos da covid-19 no Brasil, concentram mais da metade (51%) do prejuízo nacional.

Os dados de emprego do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em 2020, 397 mil postos formais de trabalho foram eliminados no setor, o que representa uma queda de 12,8% na força de trabalho dessas atividades. “Na média de todos os setores da economia, a variação relativa ao estoque de pessoas formalmente ocupadas avançou 0,4%, o que reforça o contraste do turismo com os demais segmentos”, ressalta Bentes.

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