CNC reduz para 5,4% estimativa de crescimento do varejo em 2020

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15/01/2020

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) reduziu a expectativa de fechamento das vendas no varejo ampliado em 2019 de +4,3% para +4,0%, bem como reavaliou de +5,5% para +5,4% sua expectativa para o ano de 2020. As projeções tiveram como base os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro, divulgada nesta quarta-feira (15/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Restando apenas a divulgação dos dados relativos a dezembro de 2019, observa-se que no ano passado o comércio varejista seguiu trajetória de recuperação, registrando avanço no volume de vendas pelo terceiro ano consecutivo. Contudo, o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, chama a atenção para o fato de que o volume corrente de vendas do varejo se encontra 5,5% abaixo do nível registrado antes da recessão. “O resultado decepcionante das vendas se alinha, portanto, a outros indicadores conjunturais, recentemente divulgados, como os da indústria e dos serviços, evidenciando a fraqueza do nível de atividade em novembro e reforçando a necessidade de estímulos adicionais à economia ao longo deste ano”, afirma Bentes, que completa: “Some-se a isso o impacto negativo que a inflação do mês de dezembro (+1,15%) – maior taxa para meses de dezembro desde 2002 – provocou sobre o comércio”.

Perda de ritmo

Segundo a PMC, o volume de vendas dos dez segmentos que integram o comércio varejista no conceito ampliado encolheu 0,5% em relação a outubro, já descontados os efeitos sazonais. O resultado interrompeu uma sequência de oito meses consecutivos de variações positivas nas vendas e foi o pior desempenho para meses de novembro desde 2016. No acumulado do ano de 2019 até novembro, o varejo ampliado acusou alta de 3,8%. Já no varejo restrito – que exclui os ramos automotivo e de materiais construção –, apesar da sétima alta seguida, o resultado de novembro (+0,6%) também ficou aquém do observado no fim de 2018 (+3,1%). 

Quatro dos dez segmentos pesquisados revelaram taxas negativas em novembro. Os destaques ficaram por conta dos ramos de livrarias e papelarias (-4,7%), veículos, motos, partes e peças (-1,0%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Por outro lado, sobressaíram as taxas positivas nos segmentos de artigos farmacêuticos e de perfumaria (+4,1%), informática e comunicação (+2,8%) e artigos de uso pessoal e doméstico (+1,0%). Pesou, nesses dois últimos casos, o efeito das vendas durante a Black Friday.

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