Para FBHA, fechamento de bares e restaurantes no Brasil preocupa setor

Compartilhe:

A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) repudia veemente o fechamento de bares e restaurantes como medida de prevenção da transmissão da aovid-19. Para a entidade, a ação provocará mais prejuízos para o setor que, por sua vez, já acumula perdas econômicas desde a chegada, no ano passado, do novo coronavírus ao território brasileiro.

“O fechamento desses estabelecimentos tem sido uma violência contra o setor. Apesar da taxa de contaminação ser alarmante e crescente, os restaurantes e bares foram os primeiros empreendimentos a adotar medidas rígidas para voltarem a funcionar, de forma segura, durante a pandemia. Esses espaços prezam pela saúde dos seus clientes e funcionários, e, portanto, não é justo que sejam culpabilizados pela situação que estamos enfrentando”, afirma Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

Caso o lockdown e o horário restritivo de circulação de pessoas não sejam alterados nacionalmente, Sampaio avalia que o segmento enfrentará mais fechamentos. Para ele, os comitês científicos de estados e municípios devem ter a participação da iniciativa privada para um entendimento democrático antes de medidas radicais.

“Precisamos pensar em alternativas estratégicas para não afetar a saúde pública, tampouco a economia brasileira. É incabível que mais demissões ocorram. Estamos com um percentual preocupante de desempregados e de empresas que, infelizmente, tiveram que fechar as suas portas. Precisamos do suporte governamental para mudar essa realidade”, avalia.

Para a FBHA, embora a proteção da saúde da coletividade deva ser priorizada, o que se vê na prática é a adoção de medidas aleatórias e copiadas entre os municípios, sem qualquer critério técnico ou científico.

Ainda de acordo com a entidade, a realidade cotidiana mostra que há ausência de fiscalização nas cidades, com o fim de impedir aglomerações, inclusive nos transportes urbanos; a inércia na aquisição de imunizantes e insumos para fabricação de vacinas por questões políticas; a falta de padronização e segurança jurídica nas medidas sanitárias preventivas; e o desdém na gestão da coisa pública, mediante o sucateamento dos recursos hospitalares e de saúde postos à disposição da população. No entendimento da FBHA, esses pontos são os únicos responsáveis por essa nova crise pandêmica.

“É muito fácil que o setor público, diante de nova e cíclica ineficiência no trato desta crise sanitária sem precedentes, mais uma vez, transfira o ônus para a iniciativa privada, apresentando, mais uma vez, a conta a ser paga, que será responsável pelo agravamento da recessão já experimentada e que ceifa, a cada mês, milhares de postos de trabalho nas atividades econômicas de hospedagem e comércio varejista de alimentação e bebidas”, enfatiza Sampaio.

A FBHA clama por socorro para hotéis, restaurantes, bares e similares, interagindo, há um ano, com o governo federal, apontando a necessidade de abertura de novas linhas de crédito e solução legislativa, em longo prazo, nas relações de trabalho em curso.

“O que se viu, na prática, foram arremedos de financiamentos que somente beneficiaram alguns, bem como enormes hiatos na desordenada edição de normas emergenciais trabalhistas com vigência diminuta, incapazes de, ao menos, minimizar o desemprego e a queda da produção empresarial”, ressalta.

Leia mais

Scroll to Top