Presidente Tadros destaca importância do Cetur no desenvolvimento econômico do Brasil

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04/08/2020

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) abriu em 3 de agosto as celebrações que marcarão os 65 anos do seu Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur). O presidente da Confederação, José Roberto Tadros, foi o primeiro convidado da live Turismo em Movimento, a primeira da série comemorativa de aniversário, que será exibida nas redes sociais da entidade, em agosto

Tadros fez um relato histórico da importância do turismo, citando regiões do mundo que se destacaram e personagens que disseminaram a cultura e sua ligação com o comércio. Lembrou que, na CNC, quem primeiro investiu no segmento foi o então presidente da entidade Charles Edgar Moritz, que, em 1955, criou o Conselho de Turismo e, em fins de 1961, reestruturou o órgão para incorporar inúmeras entidades ligadas ao setor.

Nos tempos atuais, Tadros elogiou o “trabalho dedicado por anos” do hoje secretário-executivo do Cetur, Eraldo Cruz, e do seu atual diretor, Alexandre Sampaio.

Ao avaliar a relevância e a influência do trabalho do Cetur, que reúne hoje as 27 principais associações empresariais da cadeia produtiva do Turismo nacional, ele disse que o Conselho está trabalhando na busca de caminhos que superem o drama do fechamento de empresas e a dispensa de trabalhadores.

“A crise pode nos ensinar alternativas. Podemos, por exemplo, investir para transformar desempregados em futuros empreendedores. Os pequenos negócios podem frutificar.”

Em análise sobre o peso do Turismo na economia do País, o presidente da Confederação disse que, infelizmente, “ainda estamos engatinhando nesse mercado, que representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB)”. Lembrou que, ao contrário do Brasil, alguns países têm o Turismo como a sua maior riqueza e vivem quase exclusivamente dos negócios desse segmento.

A CNC calcula que as perdas do Turismo no período da pandemia até junho cheguem a R$ 120 bilhões. Para o presidente da CNC, a rede hoteleira nacional, a exemplo das companhias aéreas, precisa do socorro estatal. Não só os hotéis, mas as agências de viagem e os demais negócios do segmento, que precisam de uma linha de crédito. “Ela é absolutamente indispensável para que a economia seja reativada quando a pandemia desaparecer.”

Sesc e Senac

Tadros falou também sobre a atuação dos braços sociais do Sistema Comércio na área turística. Ele enfatizou o envolvimento das faculdades Senac na formação de mão de obra qualificada.

São cursos técnicos, de graduação e pós-graduação em gastronomia e nutrição, de extensão em bebidas, serviços e gestão, confeitaria e cozinha, entre outros, além de especialização em mais de 100 cursos na área de turismo, outros 180 em hospedagem, eventos e lazer, sendo cerca de um quarto deles gratuitos. “Formamos profissionais de excelência para o atendimento em hotéis, restaurantes e agências turísticas”, disse.

Outro motivo de orgulho do trabalho dos braços sociais do Sistema, segundo o dirigente, é a balsa-escola, única unidade móvel fluvial do Senac no País. A balsa permite levar educação profissional – já formou 14 mil pessoas – para os municípios mais distantes no Amazonas, estado que tem a maior bacia hidrográfica do mundo e uma das menores malhas rodoviárias do Brasil.

Ela foi criada há 23 anos, quando Tadros era então presidente da Fecomércio-AM. Sua infraestrutura abriga quatro laboratórios, conectados à internet, que atendem às demandas dos segmentos de: turismo e hospitalidade, informática, saúde e beleza.

Já o Sesc abriu um novo nicho ao longo do tempo: o turismo de massa e de baixa renda, atendendo o público de menor poder aquisitivo. “O Sesc desmistificou a imagem de que o turismo era um lazer para classes com mais poder de compra, mostrando que todos têm esse direito”, declarou.

Tadros fez menção especial à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal de Mato Grosso, a maior do Brasil, que ocupa a área total de 108 mil hectares, preservando o bioma amazônico. Os hóspedes do Hotel Sesc Porto Cercado têm a oportunidade de viver uma experiência de turismo dentro do eixo de atuação do Sesc Pantanal, a conservação da biodiversidade e a educação ambiental.

No encerramento, José Roberto Tadros deixou um recado aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo: confiem na sua capacidade e no empenho da CNC, “que tem trabalhado com sua Diretoria e corpo técnico, mobilizados para a manutenção de empresas e empregos. Temos procurado que as empresas voltem a lucrar, se fortaleçam e que os trabalhadores sejam remunerados com dignidade”, afirmou o presidente da CNC.

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