Consumidor catarinense é consciente com o meio ambiente, aponta pesquisa da Fecomércio-SC

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-SC) apresentou, durante o Painel ESG como Pilar de Negócios, uma pesquisa inédita no estado que avaliou se o consumidor catarinense é ou não consciente. O evento ocorreu em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e contou ainda com um painel mediado pela analista de sustentabilidade da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), Fernanda Ramos.

Os dados da pesquisa apontam que o consumidor catarinense é muito consciente em determinados contextos de compra, como a predileção pela compra de refis, e em suas casas comportamentos conscientes, como a destinação correta de produtos como lâmpadas e óleo de cozinha, que estão cobertos pela política da logística reversa.

“A rejeição aos produtos testados em animais também é alta, junto com a busca por consertar itens de moda, dois importantes comportamentos que impactam os setores do comércio e do serviço em Santa Catarina. Outro importante dado para os empresários é a prática do cancelamento de empresas que desrespeitam o meio ambiente e os seus colaboradores, com os consumidores afirmando que deixam de comprar em empresas que praticam tais comportamentos”, explica a analista de pesquisa, Ana Carolina Rocha.

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O levantamento dialoga com dados da pesquisa do instituto Kantar Ibope, que afirma que 84,7% dos catarinenses estariam dispostos a pagar mais por produtos saudáveis para o meio ambiente, e 85,7% acreditam que as empresas deveriam ajudar os consumidores a serem responsáveis com o meio ambiente.

Outros dados, como o de consumo de produtos orgânicos e compras de itens de moda de segunda mão, por exemplo, apontam que um comportamento consciente de consumidor está muitas vezes atrelado ao tema, e que existe ainda um importante caminho de engajamento a ser seguido pelos consumidores catarinenses.

“Os consumidores catarinenses podem ser considerados EcoConsiderers, que tomam algumas medidas para reduzir seu impacto ambiental e que estão no meio do caminho na busca por se tornarem mais sustentáveis. Essa realidade pode ser uma oportunidade a ser explorada pelos empresários catarinenses, que podem se adaptar e se tornarem mais sustentáveis, e com isso captando e fidelizando esses consumidores que estão no processo de conscientização de seu comportamento consumidor”, comenta o superintendete da Fecomércio, Renato Barcellos.

Dados da CNC apontam que 75% dos tomadores de decisão consideram que o tema ESG/ASG ganhará ainda mais importância no próximo ano. Essa tendência não pode passar despercebida pelos empresários catarinenses do comércio, serviços e turismo, principalmente quando nota-se que o consumidor catarinense é majoritariamente um consumidor que se definem como controlado, que realiza muita pesquisa antes de realizar suas compras, e que o comportamento desse perfil se demonstrou diversas vezes alinhado as práticas mais conscientes, e que os consumidores compulsivos, que não pensam muito antes de gastar e que tem comportamentos menos sustentáveis, representam uma minoria.

Saiba mais em: CNC realiza pesquisa inédita sobre sustentabilidade, ESG e economia circular nas empresas do comércio de bens, serviços e turismo

Painel reúne empresas para debater tema

Após a apresentação da pesquisa, o I Painel ESG como Pilar de Negócio da Fecomércio em parceria com o BRDE, promoveu uma grande reflexão nos participantes. O líder do Capitalismo Consciente Brasil, Hugo Bethlem, fez uma grande provocação sobre negócios conscientes e o foco no propósito.

A CEO da CoClima Plantando o Futuro, Darushe Aguiar; a líder de ESG na Teltec Solutions, Debora Neves; e o presidente da Rede Caixa Solidária Brasil, Paulo César Vargas, debateram o tema e apresentaram ideias de como o empresário pode se tornar sustentável em suas empresas. Desde a simples adoção de atitudes, até grandes projetos de descarbonização. O encontro encerrou com uma palestra do gerente de planejamento do BRDE, Olavo Gavioli, que apresentou linhas de crédito para empresas que querem se desenvolver aplicando práticas sustentáveis.

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